Identifico-me completamente com o que Fareed Zakaria diz aqui no seu programa GPS, do que o discurso xenófobo e racista de Donald Trump representa para o cruzamento de culturas, fés e etnias que é a experiência inigualável dos Estados Unidos. Assume-se como muçulmano não praticante, alguém que nasceu num determinado contexto cultural-religioso mas que não é crente. Ninguém tem o direito de caluniar e verberar essa cultura em nome de uma pretensa superioridade rácica e de uma retórica nazi-fascista. Donald Trump insulta a dignidade da nação americana, espezinhando aqueles que fizeram o contrato social de onde ela emergiu. Talvez seja a germanofilia que lhe corre nas veias não sei. Fareed deixa uma nota positiva que espera que os eleitores americanos dêem a devida resposta ao espectáculo indigno do candidato Trump. Torço para que assim seja. Seria lamentável que depois dos EUA terem dado uma lição ao mundo escolhendo para presidente um descendente dos escravos e da principal minoria do país, fossem escolher agora a personificação dos esclavagistas e da mentalidade Ku-Klux-Kan.
